A idade da inocência
Edith Wharton
A idade da inocência é a obra-prima da escritora norte-americana Edith Wharton (1862-1937). Publicado em 1920, o livro – que fez da autora a primeira mulher o Prêmio Pulitzer de Ficção – é ao mesmo tempo um retrato nostálgico e uma crítica feroz da alta sociedade nova-iorquina da virada do século XX, um meio onde Wharton nasceu e passou boa parte da vida. Essa sociedade riquíssima e amante das artes era também profundamente hipócrita e regida por normas capazes de sufocar quem as seguia e de destruir quem as descumpria – e é essa escolha, a de permanecer ou deixar tudo para trás, que os protagonistas de Wharton terão de fazer.
Edith Wharton, criada para por seus pais para fazer um bom casamento e ser mãe e esposa, foi ela própria uma transgressora: tornou-se escritora profissional, divorciou-se do marido e mudou-se para a Europa, onde viveu os horrores da Primeira Guerra. Em A idade da inocência, ela fala de um mundo que ainda não conhecera esses horrores, mas que também hesitava em ampliar seus horizontes.
Sobre a autora
Edith Wharthon nasceu em 1862, em Nova York, Estados Unidos. Foi escritora com vasta obra, incluindo romances, contos, poesia e narrativas de viagem. Parte de uma família aristocrata, tratou em seus escritos de forma crítica dos valores e convenções da alta sociedade nova-iorquina. Após seu divórcio, no início dos anos 1910, mudou-se para França, onde viveu até o fim da vida, em 1937. Com A idade da inocência, considerada sua obra-prima e lançada em 1920, ganhou o Prêmio Pulitzer de ficção, sendo a primeira mulher a receber a premiação.