Independência do Brasil – As mulheres que estavam lá
Heloisa M. Starling e Antonia Pellegrino
O período marcado pelas lutas de Independência do Brasil, entre o fim do século XVIII e as primeiras décadas do XIX, legaram alguns dos episódios mais marcantes de nossa história, desde a Conjuração mineira, movimento ocorrido em 1789, até as revoluções que incendiaram o Nordeste do país a partir de 1817. As narrativas desses momentos heroicos, no entanto, não costumam destacar a atuação das mulheres que, mesmo diante de interdição para participar da vida política, ocuparam a cena pública e tomaram corajosamente parte nesses combates por meio de diferentes estratégias. Seja escrevendo panfletos anticoloniais, conspirando nos bastidores do poder, ou mesmo liderando revoltas e lutando no front, as mulheres desempenharam papéis chave nesse momento decisivo. Sete delas são recuperadas neste livro, escrito por historiadoras e escritoras, que trazem de volta essas heroínas para participar, com justiça, das celebrações dos duzentos anos da Independência do país.
Hipólita Jacinta Teixeira de Melo por Heloisa M. Starling
Bárbara de Alencar por Antonia Pellegrino
Urânia Vanério por Patrícia Valim
Maria Felipa de Oliveira por Cidinha da Silva
Maria Quitéria de Jesus por Marcela Telles
Maria Leopoldina da Áustria por Virginia Siqueira Starling
Ana Lins por Socorro Acioli
Organização Heloisa M. Starling e Antonia Pellegrino
Posfácio ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha
Heloisa M. Starling é professora titular-livre de História da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora do Projeto Republica: núcleo de pesquisa, documentação e memória da UFMG. Historiadora e cientista política seu campo principal de pesquisa está voltado tanto para o estudo da história das ideias quanto para a investigação e análise de temas próprios à tradição republicana e ao republicanismo, bem como à história da democracia no Brasil. Publicou, entre outros livros, Brasil, uma biografia (2015), em coautoria com Lília Schwartz; Ser republicano no Brasil Colônia: a história de uma tradição esquecida (2018). Organizou Ação e busca da felicidade. Hannah Arendt (2018); Vozes do Brasil: a linguagem política da Independência (2021), coorganizadora com Marcela Telles. Entre seus trabalhos mais recentes está o livro Linguagem da destruição: a democracia brasileira em crise (2022), em coautoria com Miguel Lago e Newton Bignotto.
Antonia Pellegrino é roteirista e escritora. Formou-se em Ciências Sociais e fez mestrado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, pela PUC-Rio. Com 20 anos de experiência como roteirista, foi premiada pela Academia Brasileira de Letras, Academia do Cinema Brasileira, ABRA, New York Film Festival e foi indicada ao Emmy. Tem contos em diversas antologias, entre elas Granta Brasil e Portugal. Em 2014, lançou o livro Cem ideias que deram em nada. É autora de textos publicados no caderno Ilustríssima, nas revistas Piauí, Vogue, Trip, 451, entre outras. Foi colunista da revista TPM e do jornal Folha de S.Paulo. Se tornou uma voz ativa no movimento de mulheres graças ao trabalho na plataforma #AgoraÉQueSãoElas. É criadora do podcast “Mulheres na Independência”, da Globoplay.