Júlia do Rio: crônicas da Belle Époque carioca
Júlia Lopes de Almeida
Entre o fim do século XIX e início do século XX, em um momento em que a crônica se fortalecia como gênero literário, Júlia Lopes de Almeida se firmou como uma de suas principais representantes. Estreando sua carreira em 1881, no jornal Gazeta de Campinas, Júlia teve uma longa trajetória como cronista e uma importante produção literária.
Júlia do Rio: crônicas da Belle Époque carioca reúne quarenta e seis textos publicados no jornal O Paiz, no período de 1908 a 1912, quando a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, passava por grandes transformações. Por meio de seu olhar perspicaz, acompanhamos as reformas na cidade, o início dos carros e a poluição provocada por eles, os problemas cotidianos, como a falta de abastecimento de água e iluminação, além de seus pontos de vista sobre a cena política e artística da época.
Uma obra capaz de revelar a fascinante faceta cronista e flâneuse de uma das mais importantes autoras brasileiras.
Organização e apresentação Anna Faedrich
Texto de orelha Beatriz Rezende
Caderno de imagens com fotos e documentos inéditos.
Sobre a autora
Júlia Lopes de Almeida nasceu em 1862, no Rio de Janeiro. Considerada um fenômeno literário, escreveu romances, contos, novelas, peças de teatro, crônicas, ensaios, livros didáticos e infantis. Como cronista, atuou nos mais importantes jornais e revistas da época. Em 1887, casou-se com o poeta Francisco Filinto de Almeida, com quem teve seis filhos. Entre as suas obras mais celebradas estão os romances Memórias de Marta, A família Medeiros e A falência.
Júlia atuava ativamente no meio literário, jornalístico e intelectual brasileiro. Foi a única mulher entre os idealizadores da Academia Brasileira de Letras, em 1897, no entanto, por ser mulher, não integrou oficialmente a casa. Ela faleceu em 30 de maio de 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações decorrentes da malária.