Quando pensamos em cinema e Virginia Woolf, as imagens de Nicole Kidman, Juliane Moore e Meryl Streep são as primeiras que surgem na mente de vocês? A adaptação do livro homônimo de Michael Cunningham, vencedor do Prêmio Pulitzer de 1999, garantiu o Oscar de melhor atriz para Kidman pela interpretação da escritora inglesa e o Globo de Ouro por melhor filme, que estreou em 2002. Ele narra a história de três mulheres, inclusive a própria Virginia, em torno de um de seus livros mais famosos, “Mrs Dalloway”, que inspira a vida de uma mulher americana no pós-Guerra nos Estados Unidos (Juliane Moore) e que terá ligação com uma editora nova-iorquina nos anos 2000 (Meryl Streep) que se chama Clarissa e tem um amigo escritor, que tem AIDS e só a chama pelo nome da protagonista do livro, Clarissa Dalloway. Apesar de ser uma obra recente, o filme aparece raramente nos serviços de streaming. Por isso, para quem quiser ver ou rever, ele está disponível até o fim de março aqui.
“Mrs Dalloway”, que inspirou o escritor Michael Cunningham e o diretor Stephen Daldry, também foi adaptado pelo cinema e tem a esplêndida atriz inglesa Vanessa Redgrave no papel título. O filme, de 1997 e dirigido pela holandesa Marleen Gorris, está disponível aqui. De 1992 é a versão de “Orlando, a mulher imortal”, dirigido pela inglesa Sally Potter e que mostra a vida do nobre Orlando (interpretado pela atriz Tilda Swinton), condenado a permanecer para sempre jovem, atravessando os anos em diferentes corpos, sentimentos e vidas. O livro é inspirado na relação entre Virginia e Vita Sackville-West, que também virou filme, “Vita e Virginia”, de Chanya Button. O relacionamento entre Vita, que tinha um casamento aberto com um diplomata, e Virginia, com seu amor platônico por Leonardo Woolf e ideias avançadas do grupo de Bloomsbury, gerou cartas de amor, amizade, literatura, entre outros assuntos, que foram lançadas em fevereiro com o nome de “Virginia Woolf and Vita Sackville-West: Love Letters”.