Feminismo no Brasil
Memória de quem fez acontecer
Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy
Personagens fundamentais do feminismo brasileiro, Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy recuperam a história dos movimentos e articulações feministas no país a partir das memórias das mulheres que estavam à frente dessas lutas, entre os anos 1960 e 1990 – período fundamental para o avanço dos direitos das mulheres no Brasil, graças a atuações no âmbito da sociedade civil e em diálogo como o poder. Sem deixar de lado exemplos de séculos de dominação patriarcal, as autoras narram uma história brasileira fundamental – e até hoje não contada – a partir dos bastidores, revelando este pioneirismo ainda pouco reconhecido entre nós e reafirmando, assim, o compromisso com o ativismo que abriu caminhos para as lutas contemporâneas e que ainda está em campo.
Branca Moreira Alves é formada em História e Direito, e mestre em Ciências Políticas. Inaugurou, em 1987, junto do movimento feminista carioca, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro (Cedim). Em 1992, com o movimento feminista do Brasil e do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai), criou o escritório do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). É autora de Ideologia e feminismo. A luta da mulher pelo voto no Brasil.
Jacqueline Pitanguy é socióloga. Foi presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) de 1986 a 1989 sendo uma das protagonistas na inscrição dos direitos das mulheres na Constituição brasileira. Foi também professora na Universidade de Rutgers (EUA) e fundadora e coordenadora executiva da ONG Cepia. É autora, junto com Branca, do livro O que é feminismo, de 1981.